117. Bianca, a moça que me deu um girassol de presente
O medo de esquecer
A preocupação estampava cada centímetro de seu rosto. A voz doce, mas ao mesmo tempo urgente, ecoou junto com o toc toc do salto alto no assoalho de madeira enquanto ela cruzava o corredor em minha direção. – Você está travada? Está doendo muito? – perguntou. Meu primeiro reflexo foi responder que não. Ora, eu Read More …
113. Steve, o escritor que sorria com os olhos
Estacionei o Jeep que alugamos em frente à caixa de correio de número 805 da R. Avenue. Eu não aparecia ali há exatos sete anos. Entrei pelo quintal arborizado e fui em direção a porta. Se eu estivesse no Brasil, provavelmente diria que o lugar havia sido arrombado. Por ter morado meses ali, não estranhei. Read More …
112. Um pedacinho de mamãe no elevador do prédio
Não vou dizer que as terças-feiras são as piores. Se o fizesse, certamente estaria sendo uma cadela mal-agradecida. Aprendi bastante nos últimos meses, e percebi que não tenho, exatamente, razões para reclamar… A não ser por aquela data em março de 2017, quando o chão se abriu por inteiro, de forma rápida e apavorante, e Read More …
111. O homem ranzinza da fila do quilão
Quando é que foi a última vez que eu me senti assim? – eu me perguntava enquanto caminhava em direção à fila do quilão na praça de alimentação do shopping, às 16h de um domingo. Com fome? – eu mesma me respondi. Não, feliz e calma, sua tonta – conclui. Rebobinei os eventos dos últimos Read More …
110. Maria Aparecida, a senhorinha dos cabelos brancos mais lindos do prédio
Eu mal havia aberto os olhos naquela terça de manhã quando ela apareceu, se fazendo sentir a cada milímetro de movimento. Era diferente das outras: latejava forte no canto esquerdo da testa, bem em cima do olho – diferente dos dias em que vinha de mansinho na parte detrás da cabeça. Eu percebi que mover-se Read More …