Era janeiro de 2014 quando eu decidi: estava mais do que na hora de retribuir uma visita que a Meli, uma amiga colombiana, me fez há alguns anos. A Meli é uma amiga que conheci durante o intercâmbio para a Califórnia, lá em 2010. Ela é doida por português e veio passar três meses no Brasil para aprender a falar a língua. Já eu, fui para a terra dela porque queria finalmente conhecer o lugar de que ela falava tão bem – e porque o dinheiro por lá é o equivalente ao nosso e eu não gastaria uma nota.
Viajei em junho, bem no início da Copa do Mundo, e vi uma Colômbia toda pintada de bandeirinhas e num clima sensacional. Os colombianos são pessoas incríveis, sério. É um mais simpático do que o outro, um mais respeitoso do que outro. Esse povo virou o meu favorito aqui na América do Sul e a Colômbia virou destino certo para outras viagens.
Primeira parada: Bogotá. Tive apenas três dias na cidade e achei a escolha de datas ótima. Bogotá é muito parecida com São Paulo: trânsito caótico, gente estressada, muvuca no centro. Não precisei de muito tempo na cidade para sacar “qual-é-que-era”. Turistei primeiro no Monserrate, uma montanha de mais de 3 mil metros de altura onde se tem a melhor vista de Bogotá. O lugar pode ser acessado por um trem ou por um teleférico – eu fui de trem porque o teleférico só funcionava a partir de um horário, hunf. No topo há uma igreja e algumas lojinhas com comidinhas e bebidas típicas da Colômbia. Comprei alguns chocolates recheados com Aguardiente e uns saquinhos fofos de balinha de café.
Também andamos pelo centro da cidade, que é bem similar ao de São Paulo. A foto abaixo é da Plaza Bolívar. O que posso dizer deste lugar? Pombas, pombas, pombas, pombas! Pombas fofas, pombas violentas, pombas inconvenientes, pombas doidas. Não suporto pomba, de boas, haha.
Aproveitamos que já estávamos ali no centro mesmo e fomos nos museus famosos da cidade: Museu Botero e Museu del Oro. Também visitamos o bairro histórico La Candelaria. Minhas observações sobre o bairro? Um lugar muito bacana, mas as ruas são bastante confusas e não, você não vai entender como a coisa funciona logo de primeira. São números e letras. Várias. Dei várias voltas atrás de um bar para ver o jogo de estreia do Brasil. Fiquei pelo menos 1 hora perdida e cheguei quando o jogo já tinha começado. Cabeça fritou! Tenso!
Segunda parada: Cartagena. Apaixonei, é sério. Sempre vi muita gente dizendo que o lugar era o “Caribe Colombiano” e nunca levei muito a sério. Até chegar lá. É realmente um lugar maravilhoso. Vale a pena conhecer!
Quando li sobre Cartagena, vi muita gente dizendo que o melhor era ficar dentro da cidade amuralhada porque era mais seguro. Fiquei um pouco receosa sobre o lugar porque, afinal, não queria passar as férias tendo que me preocupar com violência, roubos, etc. Posso dizer por experiência própria: Cartagena é mega fofa, mega aconchegante e mega segura. O lugar ainda tem vários cafézinhos, barzinhos, restaurantes e lojinhas para experimentar as especialidades colombianas e turistar.
Fiquei num hostel chamado El Viajero, que tem muita gente de culturas diferentes, o que pra mim é o mais legal. Conheci muitos brasileiros, mas também muita gente de outros países.
Visitei apenas duas praias em Cartagena: Playa Bocagrande e a Playa Blanca, uma das mais famosas de lá. A Bocagrande é uma Praia Grande da vida. Bonita, mas nada que me impressionasse. Já a Playa Blanca.
Ah, a Playa Blanca! <3
Viu todas essas belezinhas?
Cartagena tem apenas um grande problema: muito, mas muito ambulante inconveniente. Em 5 minutos, pelo menos 15 ambulantes passarão por você não só oferecendo alguma coisa, como insistindo muito para você comprar. É quase impossível ficar em paz. O negócio é desencanar mesmo.
Última parada: Medellín. Medellín também é uma espécie de São Paulo, mas bem mais simpática – e com o metrô tão extenso que impressiona. Foi aqui que reencontrei a Meli, que foi uma guia e tanto!
Goool da Colômbia! ;)
O lugar que mais gostei nos arredores de Medellín foi Guatapé. Por lá, fica El Peñón de Guatapé, uma pedra gigantesca (dá para ver pela foto abaixo!) e linda. O único problema é: muitos degraus para subir e eu sou mega asmática. Aceitei o desafio mesmo assim. Foram 740 degraus até o topo e a vista lá de cima foi uma facada final no meu pulmão. Haja fôlego para suportar tanta beleza!
Na Colômbia, conheci muita gente. Contei várias histórias por aqui já. Já leu?
– Don Rigo, o dono do maior cafezal da Colômbia
– Os traficantes que organizavam briga de galo
– Argemiro, o ambulante do ‘Lepo Lepo’ na praia
– A sósia colombiana da Usurpadora