Era dezembro, me sobravam 7 dias de folga do trabalho e eu definitivamente não sabia o que fazer com todo esse tempo livre. Mandei uma mensagem para uma amiga, que estava louca para curtir o verão, e resolvemos bem rápido: iríamos para um cruzeiro. E foi lá que eu conheci o Bruno, um cara que não, não é o tipo de pessoa de quem eu seria amiga.
O Bruno não era bonito, muito menos atraente. Também trazia com ele um ar de ‘sou foda’ que não me agradava. Logo no segundo dia no navio, o encontrei na balada. Lembro de estar sentada em uma mesinha bebendo meu drink quando ele chegou: me cumprimentou com um beijinho no rosto, pediu um gole da minha bebida (?) e, sabe-se lá por qual motivo, acabou virando o copo todo. A primeira verdade é que eu tinha certeza que aquilo era uma pegadinha do Silvio Santos. A segunda verdade é que eu fui um pouco mais filha da puta do que eu normalmente sou, já que estava a fim mesmo é do amigo dele – um branquelo sardentinho todo bonitinho. Achei que não dar um fora no Bruno naquele momento seria uma boa forma de aproximação. É claro que eu errei.
‘O que uma menina bonita assim faz sentada aqui sozinha?’, perguntou o Bruno no início da conversa. Nunca sei responder essa pergunta, mas a vontade é sempre de falar um “esperando um idiota igual você aparecer pra me encher a porra do saco”. Encolhi os ombros, sorri e comecei meu ritual de entrevista. “Quantos anos?”, “Mora onde?”, “Faz faculdade?”, “Qual a sua profissão?”… Ainda bastante arrogante, o rapaz, que era agrônomo, me contou, quando perguntei se trabalhava, que era dono de uma empresa no interior de São Paulo. Depois completou: ‘meu pai é que é o dono’. Mais uma coisa que me irritava acabava de transparecer no Bruno. É que simplesmente odeio caras que dizem que são donos de empresa só para impressionar. Ser dono da empresa do pai é tão fácil.
O Bruno me achou interessada no assunto ‘sou empresário aos 22 anos’ e continuou tagarelando, com aquele jeito de moleque mimado. Entediada, viajei. Lembrei da época em que eu escolhia os colírios para o blog da CAPRICHO. Foi lá que desenvolvi meu lado faladeiro. Conhecia, em média, 50 garotos diferentes por mês. Alguns falavam de futebol, outros de balada, outros de faculdade, outros de intercâmbio, alguns de mulheres… e por aí vai. Eu conversava tanto, mas tanto, que me adaptava facilmente aos mais diversos assuntos. Só que pela primeira vez em muito tempo, eu não sabia e não queria continuar conversando.
Fiz uma última pergunta antes de sair pra pegar uma água e nunca mais voltar: “Você fez agronomia, né? Mas você quer se especializar em que?”. Ele respondeu que queria se especializar em pragas mundiais. Fiquei quieta por alguns segundos, dei uma passada de olhos na balada toda e encontrei o amigo do Bruno. Naquela hora decidi que a aquele cara lindinho não valia esse tipo de esforço. E foi depois disso que eu conheci o João*…
*Não, o João não vai ganhar um post, pelo menos não agora. Prefiro não fazer a Taylor nos meus textos. Mas que ele merecia, merecia. <3
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Queremos um texto do João! kkk
Também acho isso! KD TEXTO DO JOÃO?
Ahh quero muito o texto do Joãoo
Aline…adoro as histórias que você conta… estou sempre visitando…. ahhhhh posta um texto sobre o Joãoooo ahahauhauahuahau
Gosto de todos os textos, mas acho que vou gostar muito mais do blog depois que ver o do João…
Acho que para compensar a existência infeliz desse Bruno (te falar que esse nome atrai coisa ruim) precisamos de um texto sobre o João. Só acho.
kd o seu texto, João??? Haha <3
http://www.delamila.com
Sou TOTAL #TeamJoão e estou mutcho louco pra ler essa história, beijos, sem mais!
Eu também tenho “tipos de pessoas que não curto”, tipo Brunos da vida… mas a verdade é que a gente também as vezes pode passar por um “tipo de pessoa que o outro não curte” por pura insegurança…. tentando ser legal e atrair os outros, tentando ser interessante…. e as vezes um “tipo de pessoa que não curtimos” pode ser um cara super legal por trás dessa mascara… mas muitas vezes é só um babaca mesmo….
Eu PRECISO se um post sobre o João
PLEASEEEEEEEEEE