117. Bianca, a moça que me deu um girassol de presente
117. Bianca, a moça que me deu um girassol de presente
Eu já havia perdido as contas de quanto tempo fazia desde a minha última saída na rua. Sete, talvez oito meses? Na prática, isso significava duas coisas. A primeira: que eu já havia esgotado todas as possibilidades de entretenimento disponíveis e executáveis dentro do meu apartamento na Bela Vista. E a segunda: que eu já Read More …
A empilhadeira de medos
Meu pai tem uma mania bastante recorrente de repetir as mesmas histórias não uma ou duas vezes, mas sim quinze, vinte vezes em um espaço curto de tempo. Uma mesma história pode ser contada com a mesma intensidade e riqueza de detalhes hoje e na semana que vem. Acostumada, já não me incomodo quando ele Read More …
116. Agatha, a menina que não via a hora de se tornar adolescente
Mamãe conheceu Alzenir na época em que trabalhava como secretária em um banco para pagar a faculdade de Psicologia. Eram raras as vezes em que Alzenir aparecia lá em casa, na periferia da zona leste. Eram ainda mais raras as vezes em que a visitávamos em seu sobradinho, localizado numa travessa de uma grande avenida, Read More …
115. Fabiana, a farmacêutica que virou minha amiga rápido demais
Hoje, oito (enormes) comprimidos de antibiótico depois de toda a merda que me levou ao hospital na última semana, sou capaz de elaborar uma lista mental de tudo o que me trouxe onde estou: a chuva torrencial que me atingiu numa tarde antes da aula de espanhol, o exagero ao som de Leandro e Leonardo Read More …
114. Bruno, o poeta que quis me ensinar a “pegar homem”
Eu estava oficialmente derrotada. Desde as primeiras horas desperta, já havia reclamado de um bocado de coisas: da desidratação labial, que sempre me atingia quando eu bebia mais do que o normal, das fisgadas na cabeça, que subiam desde o cantinho do olho esquerdo e iam até a metade do crânio, da fome intensa, que Read More …